sexta-feira, março 17, 2006

O sentimento de Raiva

Como já é do conhecimento de muita gente que me conhece, é habitual nos meus tempos livres, sentar-me frente ao computador e navegar sem rumo à procura de qualquer coisa de interessante para ler ou fazer…

Nessa pesquisa encontrei um texto, deveras interessante:

Não erraria totalmente se dissesse que vivemos a Era da Raiva. Tentando verificar a aprovação social das manifestações da Raiva, quatro estudos examinaram a consideração social que o sistema atribui para as pessoas “raivosas”. Esses estudos mostram que o povo atribui mais status às pessoas que expressam Raiva do que às pessoas que expressam tristeza ou mágoa. No primeiro estudo, os participantes aprovaram mais o presidente Clinton quando o viram expressar Raiva sobre o escândalo de Monica Lewinsky do que quando o viram expressar tristeza ou mágoa.

Este efeito Raiva-Tristeza foi confirmado num segundo estudo que envolveu um político desconhecido. O terceiro estudo mostrou que, em uma companhia, conferir alguma distinção esteve correlacionado com as avaliações de uns companheiros sobre a Raiva manifestada pelos outros, objectos da distinção.

No estudo final, os participantes atribuíram um salário mais elevado posição, bem como um status mais elevado a um candidato ao emprego que se mostrasse mais irritado que triste. Além disso, os estudos de número 2 e 4 mostraram que as expressões de Raiva criam a impressão que a pessoa raivosa é mais competente.

(Texto retirado da PsiqWeb)

Pelo que posso retirar de este texto, concluo que ser Raivoso têm mais vantagem do que desvantagem. Por isso é melhor evitar e se possível engolir, qualquer estado de tristeza e, sempre que a raiva espreite, é deixá-la sair… Expludam e arrebentem de raiva… O vosso status aumentará e passarão a ser pessoas inteligentes e competentes…

9 comentários:

Humor Negro disse...

Tens razão. Porque é que achas que achaste piada ao videoclip da Natalie Portman uns posts mais abaixo?

Joaquin Gomez aka "Vendetta" disse...

É o que digo… Desde que não me babe, acho que, com a raiva que posso mostrar, facilmente chego a ministro :D

Anónimo disse...

Numa perspectiva profissional, enfim...
Se analisares bem a causa-efeito da raiva, a nível profissional e a nível afectivo, concluis que é bem diferente. Se utilizares raiva numa relação afectiva, garanto que terás poucas hipóteses de sucesso, na sociedade actual. ;)

liliana miranda disse...

A expressão de raiva alheia nos livra do incômodo se sentir piedade que a mágoa e a tristeza desperta. A nossa própria raiva, qualquer que seja o motivo/alvo tb nos livra da nossa "suposta" fragilidade.
Eu por exemplo sou muito raivosa!!!! ehehehe... Alegro-me em saber que até tenho mais status com isso e que se tu vais a caminho de ministro tenho eu também um bom caminho a seguir..
beijokas

liliana miranda disse...

(correção) incômodo "de" sentir...

Anónimo disse...

"SER FELIZ OU TER RAZÃO"



Oito da noite numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar em casa de uns amigos. A morada é nova, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.

Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.



Mas ele ainda quer saber:
- Se tinhas tanta certeza de que eu estava a ir pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais...
E ela diz:
- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!



MORAL DA HISTÓRIA
Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.

Desde que ouvi esta história, tenho-me perguntado com mais frequência:"Quero ser feliz ou ter razão?"
Ah... e outro pensamento parecido, diz o seguinte: "Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."

Pensem nisso e sejam felizes.

Joaquin Gomez aka "Vendetta" disse...

Fresquinha… Estiveste desaparecida, mas quando voltas é com toda pujança :D

Anónimo disse...

Não desapareci ... tenho estado sempre aqui, onde me sinto bem vinda. Onde posso ter pujança e encontrar respostas bem humoradas ... até um dia !!!!
Fica bem ..gosto do teu blog, agora.

Anónimo disse...

Ainda sobre a raiva (um texto meu)
O Orvalho da Raiva



Sob o sufoco das suas mãos, amarrada à vida apenas por uma fé qualquer, bradou aos céus, sem voz que lhe restasse, e pediu socorro à vida. Quedou apenas o olhar, talvez pela última vez, no tecto daquele quarto que tantas vezes lhes tinha guardado os segredos, os prazeres, e os sonhos. Sentiu o seu olhar duro, empedernido e frio, orvalhado pela raiva de não a ter.

E num esforço maior que a própria vida, deitou-se por terra, agarrada ao chão onde ele nunca viria.

Era no chão que ele a queria, era então no chão que ela ficava, molhada de dor, seca de amor.

Gritou, chorou, gritou, sem querer levantar-se, guiada por um medo cego, naquela mágoa que lhe rebentava o peito.

Apercebeu-se, então, que embora já não amasse a vida, queria decididamente viver. Nem que para isso significasse sangrar as feridas para subir no ar numa bola de sabão, irisada de azul, leve, diáfana, etérea, serena. Procurava na paz, o refúgio das almas sábias.

Resgatou a solidão para renascer nessa luta desleal que cansa as costas, e que nos envelhece por dentro, ao compasso de um tango, ao ritmo do tempo.
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