segunda-feira, julho 16, 2007

AS PALAVRAS

Imagem de Itah
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam;
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade

5 comentários:

Anónimo disse...

"Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte."

Alexandre O´Neill

Joaquin Gomez aka "Vendetta" disse...

Um lindo poema sem dúvida!
Vindo de uma irmã, não é de estranhar ;)
Beijos

jasmim disse...

lindo, vou levar comigo para a simbiose ihihihi

jasmim disse...

»»»»»»» a fugir com um poema às costas »»»»»»»»»

Joaquin Gomez aka "Vendetta" disse...

Força! Eu também fiz o mesmo :P