segunda-feira, dezembro 11, 2006

Neve


Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
. Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

(...)

BALADA DA NEVE de Augusto Gil

2 comentários:

liliana miranda disse...

Meu Deus.. com o calor que tem feito por estas bandas até me dá inveja ver essa neve!
bonito poema tb!
jokas

Joaquin Gomez aka "Vendetta" disse...

Um beijo para ti também ;)